Deficiência auditiva apontada como maior fator de risco de demência

Em um relatório sobre prevenção de demência, intervenção, e cuidados, a revista científica Lancet fez menção a uma lista de 12 riscos de fatores de demência.
Os primeiros nove riscos de fatores reportados de 2017 foram: pouca escolaridade, hipertensão, deficiência auditiva, tabagismo, obesidade, depressão, sedentarismo, diabetes, isolamento social.
Os três novos fatores de riscos são: consumo excessivo de álcool, traumatismo craniano (TBI), sigla em inglês, e poluição do ar.
Segundo Lancet Commission, os 12 fatores de risco podem explicar 40% dos casos de demência. Todos os 12 fatores de risco são potencialmente modificáveis, como por exemplo, deficiência auditiva, que pode ser tratada com aparelhos auditivos e implantes auditivos. Para 60% dos casos de demência, o risco é ainda desconhecido.
Deficiência auditiva
No relatório, deficiência auditiva não tratada representa 8%, ou seja, um quinto do total de fator de risco de 40%. No relatório de 2017, deficiência auditiva representava 9%. Adicionando três novos fatores de risco reduz-se 1%, que representa a parte essa equivalente à deficiência auditiva.
No relatório, Lancet Commission escreveu que ao se usar aparelho auditivo reduz-se o excesso de risco de deficiência auditiva. Por isso, Lancet Comission incentiva o uso de aparelhos auditivos para tratamento e redução de deficiência auditiva, como também para proteger os ouvidos de exposição excessiva de ruídos.
Os 12 fatores de risco
Os 12 fatores de risco da Lancet Comission são:
- Deficiência auditiva: 8%
- Pouca escolaridade: 7%
- Tabagismo: 5%
- Depressão: 4%
- Isolamento social: 4%
- Traumatismo craniano: 3%
Sedentarismo: 2%
Hipertensão: 2%
Poluição do ar: 2% - Obesidade: 1%
- Diabetes: 1%
- Álcool: 1%
- No total: 40%
O relatório “Dementia prevention, intervention and care: 2020 report of the Lancet Commission”, foi publicado na revista científica The Lancet.
O relatório pode ser encontrado (em inglês).
Fonte e foto: The Lancet