09 Fevereiro 2023

Deficiência auditiva está relacionada à demência em idosos

Um estudo mostrou que demência é bem mais predominante entre idosos com deficiência auditiva moderada ou grave. O estudo mostrou também que a predominância de demência era menos acentuada entre os que usavam aparelhos auditivos.
Deficiência auditiva está relacionada à demência em idosos

Um estudo conduzido por pesquisadores da universidade de saúde pública, nos Estados Unidos, Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, mostrou que idosos com deficiência auditiva grave  acentuada eram mais propensos a ter demência. A possibilidade de demência era bem menor entre usuários de aparelhos auditivos, quando comparados a idosos não usuários.

A análise  realizada no estudo contemplou 2.413 indivíduos, sendo que metade destes tinha idade superior a 80 anos, o que significa dizer que havia uma associação nítida entre deficiência auditiva aguda e demência. O estudo analisou dados representativos nacionais da National Health and Aging Trends Study (NHATS), nos Estados Unidos. NHATS tem existido desde 2011 e  usado amostra de beneficiários da  American Medicare,  acima de 65 anos de idade.

No estudo, 33,5% dos participantes tinham audição normal, 36,7% tinham deficiência auditiva leve e 29,8% tinham deficiência auditiva de moderada a grave.

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Prevalência de demência

Prevalência de demência, entre os participantes no estudo, que tinham deficiência auditiva de moderada à severa era de 61% mais elevada do que a prevalência entre os participantes com audição normal. O uso de aparelhos auditivos estava associado a 32% abaixo de prevalência de demência nos 853 participantes que tinham deficiência auditiva de moderada à grave.

“Este estudo esclarece o que temos observado acerca da correlação entre deficiência auditiva e demência,  criando, portanto,  um apoio para incentivo público voltado para saúde com objetivo de melhorar o acesso a cuidados auditivos”, pontua o autor líder responsável pelo estudo Alison Huang, PhD, MPH, o qual estava associado à universidade Bloomberg School’s Department of Epidemiology and at the Cochlear Center for Hearing and Public Health, como também à escola Bloomberg School.

No estudo, deficiência auditiva foi definidaconforme a melhor audição de frequência 4 de média de tom puro com as seguintes definições: audição normal < 25 dB; deficiência auditiva leve: 26-40 dB; deficiência auditiva de moderada à grave: >40 dB.

Muitos outros estudos, realizados  anteriormente, mostraram a relação entre deficiência auditiva e declínio cognitivo e que o uso de aparelhos auditivos  reduz declínio cognitivo.

Esse estudo “Hearing Loss and Dementia Prevalence in Older Adults in the US” foi publicado na revista científica JAMA.

Fontes: https://publichealth.jhu.edu and https://jamanetwork.com

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